Nesse domingo, dia 3 de Outubro, acontecem no Brasil as eleições para os cargos de presidente, governador, senador, deputado estadual e federal. Um detalhe importante para o eleitor, é que este conheça bem o candidato e escolha aquele que esteja capacitado para assumir sua função política.
São diversos candidatos concorrendo ao mesmo cargo, por isso as campanhas eleitorais estão ganhando cada vez mais investimento e preparação, de forma que chamem a atenção do público. Henrique Fernandes, 33 anos, publicitário que trabalha com marketing político achou espetacular a qualidade técnica usada na campanha da candidata à presidência Dilma (PT). “Houve pauta, houve planejamento na campanha. Usaram câmeras de cinema para obterem uma imagem de qualidade. Acertaram na argumentação e na parte técnica, ficou muito bom ” afirma.
Para atingir um público alvo, alguns candidatos focam em um assunto específico. Suas campanhas abordam temas como: pedofilia, meio ambiente, drogas e em alguns casos, buscam a simpatia dos eleitores através de discursos que envolvam crenças religiosas. Para o jornalista Raime Reis de 34 anos, uma jogada de marketing inteligente foi a do candidato ao senado, Romeu Tuma (PTB). “Na declaração ele diz que temos que acreditar em Deus, ter compromisso com Deus e minha avó viu aquilo, coitada, ela quase chorou e disse que ele era um homem bom” relembra Raime.
No rádio, na televisão e até na Internet pode-se encontrar os mais variados estilos de propaganda eleitoral. Para elegerem seus representantes, os partidos não economizam esforços, e apelam pelas personalidades da mídia, que são convidadas pelo próprio partido para consignarem votos. A estudante de marketing, Juliana Ramos, 23 anos, desabafa: “A política esse ano está patética... É Tiririca, marcha da maconha... O cara fica tirando uma e não mostra proposta nenhuma, é muito apelativo, não é assim que se faz política, isso é ridículo” declara.
Segundo Raime, as figuras midiáticas não deveriam fazer parte das eleições, já que ganham por causa da popularidade e não pela sua intenção e suas propostas. “Nós não estamos votando para eleger os mais queridos e populares, nós estamos escolhendo representantes... enfim, está tudo errado” diz o jornalista. De acordo com Henrique Fernandes, isso é uma descaracterização do bem público, pois são assuntos relevantes para a sociedade, não devem ser representados por “palhaços”.
Com pontos altos e baixos apontados pelos entrevistados, as propagandas eleitorais seguem até o sábado (2). A expectativa dos eleitores é que haja surpresas. “Acredito que haverá um crescimento inesperado no número de votos da Marina, ela fez uma camapanha boa. Talvez não haja 2º turno para a disputa presidencial... E também acho que o Tiririca receberá mais de um milhão de votos, porque ele é conhecido” afirma Henrique. Segundo as pesquisas Datafolha dos dias 28 e 29 de setembro, as eleições para presidente podem ser resolvidas já no 1º turno.